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Identificação e manejo de doenças na cultura do sorgo

16
abr
2019
Doenças, Sorgo, Manejo

O sorgo é um dos mais importantes cereais plantados no mundo, e existe uma variada faixa de condições ambientais para o seu cultivo. Essa cultura pode ser suscetível a uma série de doenças cuja severidade varia de ano para ano e de uma localidade para outra, em função do ambiente sobre o patógeno e seu hospedeiro.

Há um tempo atrás, escrevemos sobre a implantação da cultura do sorgo, e já trouxemos algumas informações sobre as principais doenças que afetam a cultura. No post de hoje, vamos entender mais sobre cada uma das doenças e também como identifica-las e manejá-las a campo.

Fatores que causam doenças no sorgo

As doenças podem ser causadas por fatores bióticos (fungos, bactérias, vírus e nematoides) que se multiplicam, e são transmitidos de uma planta doente para outra sadia.

Outros causadores de doenças são os fatores abióticos, como condições ambientais (temperatura, umidade, luz, etc.) e nutricionais desfavoráveis às plantas.

Essas doenças que afetam a cultura do sorgo, consequentemente, limitam a sua produção. Para realizar um manejo de doenças eficaz, precisamos saber identificá-las no campo e entender mais sobre a forma como afetam a cultura.

Doenças: identificação e manejo

Antracnose
Colletotrichum sublineolum

http://www.pioneersementes.com.br/blog/PublishingImages/20190219-Praticas-Implantacao-Sorgo-Antracnose.jpg

Imagem 1. Folhas de sorgo em diferentes fases da antracnose.

Os sintomas de antracnose surgem com o aparecimento de lesões elípticas a circulares das quais se desenvolvem pequenos centros circulares e de coloração palha, com margens avermelhadas. Esses sintomas também podem ocorrer na nervura central da folha. Em cultivares suscetíveis e em condições ambientais favoráveis pode ocorrer a total destruição da parte aérea das plantas.

Em resumo:

  • Principal doença de sorgo no Brasil (todas as regiões produtoras)
  • Em torno de 121 raças do fungo
  • Disseminação de conídios pela chuva e vento
  • Temperatura favorável: dias quentes e úmidos (25 a 30ºC)
  • Período latente entre 5 e 12 dias
  • Manejo ideal: tolerância genética, rotação de cultivares, rotação de culturas e destruíção dos restos culturais
  • Controle químico

A antracnose é considerada a principal doença do sorgo devido à alta capacidade adaptativa do fungo. A aplicação de fungicidas está se tornando frequente nas principais regiões produtoras do Brasil.

Pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo têm avaliado a eficiência de fungicidas para o controle da antracnose.

Na safra 2008/2009, foi avaliada a eficiência de quatro formulações comerciais em comparação com uma testemunha sem aplicação. As formulações avaliadas foram:

  • Tratamento 1: Tebuconazole + Trifloxistrobina (0,75 e 0,5 L/ha);
  • Tratamento 2: Epoxiconazole + Pyraclostrobin (0,75 e 0,5 L/ha);
  • Tratamento 3: Ciproconazole + Azoxistrobin (0,3 e 0,15 L/ha);
  • Tratamento 4: Propiconazole + Trifloxistrobina (0,8 e 0,4 L/ha).

Os fungicidas foram avaliados em uma, duas e três aplicações realizadas aos 45, 60 e 75 dias após a emergência, respectivamente. Todas as formulações avaliadas apresentaram eficiência em reduzir a severidade da doença quando comparadas à testemunha, resultando em incremento de produtividade.

No entanto, a maior eficiência foi obtida com a aplicação do tratamento 2, seguido do tratamento 3, os quais resultaram menores valores de área abaixo da curva de progresso da doença, e maiores incrementos de produtividade quando comparados aos demais tratamentos.

Duas e três aplicações resultaram melhores níveis de controle da doença, tanto na maior, quanto na menor dose.

A mistura Epoxiconazole + Pyraclostrobina na dose de 0,75 L/ha em uma, duas e três aplicações, resultou em aumento médio de 56, 87 e 101% na produtividade de grãos, respectivamente, quando comparados à testemunha.

E na dose de 0,5 L/ha, o aumento médio na produtividade de grãos foi de 48, 74 e 85% com uma, duas ou três aplicações, respectivamente.

IMPORTANTE: Apesar de serem eficientes no controle da antracnose, é preciso considerar que os fungicidas testados não possuem registro no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para utilização na cultura do sorgo.

Fonte: Costa et al., 2009.

Helmintosporiose
Exserohilum turcicum

http://www.pioneersementes.com.br/blog/PublishingImages/20190219-Praticas-Implantacao-Sorgo-Turcicum.jpg

Imagem 2. Turcicum

Os sintomas são o surgimento de lesões alongadas de formato elíptico que se desenvolvem inicialmente nas folhas inferiores. Possuem coloração púrpura avermelhadas ou cinza amareladas. Em alta pressão, pode ocasionar a queima de toda a parte aérea das plantas reduzindo a produção.

Em resumo:

  • Disseminação de conídios pelo vento e chuva a longas distâncias
  • Temperatura favorável: entre 18 e 27ºC e presença de orvalho
  • Manejo ideal: tolerância genética, rotação de culturas e eliminação hospedeiros alternativos
  • Controle químico com fungicidas pertencentes aos grupos químicos dos triazóis e estrobilurinas apresentam elevada eficiência no controle da doença

IMPORTANTE: não existem produtos registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento que possam ser recomendados para essa enfermidade.


Ferrugem
Puccinia purpurea

http://www.pioneersementes.com.br/blog/PublishingImages/20190219-Praticas-Implantacao-Sorgo-Ferrugem.jpg 

Imagem 3. Ferrugem

Os sintomas ocorrem com a formação de pústulas de coloração castanho-avermelhadas que se distribuem paralelamente e entre as nervuras. Pústulas mais desenvolvidas rompem-se liberando os uredosporos do patógeno.

Em resumo:

  • Patógeno Biotrófico
  • Disseminação pelo vento
  • Temperatura favorável: entre 22 e 30ºC, alta umidade ou presença de orvalho
  • Período latente entre 10 a 14 dias
  • Sobrevive em hospedeiros alternativos como sorgo selvagem Sorghum verticilliflorum e S. halepense, e plantas remanescentes de cultivos anteriores
  • Manejo Ideal: tolerância genética
  • Controle químico
  • A rotação de culturas possui baixa eficiência, pois a disseminação da ferrugem é feita através do vento.

Mancha de bipolares
Bipolaris sorghicola

Os sintomas da mancha de bipolares envolvem o aparecimento de pontuações avermelhadas ou cinzas que, posteriormente, se desenvolvem formando manchas de formato oval a cilíndrico. Pode ocorrer no centro das lesões uma coloração marrom ou palha circundado por margens avermelhadas.

Em resumo:

  • Maior ocorrência no verão
  • Germinação de conídios em poucas horas
  • Alta produção de esporos
  • Disseminação pelo vento
  • Temperaturas elevadas e alta umidade relativa favorecem o seu aparecimento
  • Sintomas típicos surgem 4 dias após infecção
  • Manejo ideal: tolerância genética (um grande número de fontes de resistência tem sido identificado no germoplasma de sorgo)
  • Controle químico

Míldio
Peronosclerospora sorghi

Os sintomas de míldio contemplam a formação de faixas de tecidos verdes paralelos e alternados com áreas de tecidos cloróticos. Nos estádios mais avançados, as áreas de tecidos cloróticas tornam-se necróticas. A sua forma localizada é bastante caracterizada pelas lesões de formato retangular delimitadas pelas nervuras das folhas.

Em resumo:

  • Ampla faixa de adaptação climática. Mínima 10ºC e ótima entre 18 e 20ºC. Elevada umidade relativa do ar e incidência de luz solar por algumas horas, antes de períodos úmidos, são ótimas condições para o desenvolvimento da doença
  • Oósporos sobrevivem por até 25 anos no solo (estrutura de resistência)
  • Conídios sobrevivem por curto tempo, mas possuem um papel importante na disseminação dentro da área
  • Manejo ideal: tolerâcia genética, aração profunda, sementes sadias e rotação de culturas
  • Eliminação de hospedeiros alternativos
  • Controle químico: opção de tratamento de sementes com Metalaxyl

Importante: não existem, atualmente, produtos à base de Metalaxyl registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para o controle do míldio na cultura do sorgo.

Ergot
Claviceps africana

http://www.pioneersementes.com.br/blog/PublishingImages/20190219-Praticas-Implantacao-Sorgo-Ergot.jpg

Imagem 4. Ergot

Os sintomas de ergor podem ser observados no ovário de 3 a 5 dias após a infecção apresentando uma coloração cinza enrugado.

Externamente, os sintomas ficam evidentes de 5 a 10 dias após a inoculação na forma de gotas de coloração rósea, adocicadas e pegajosas, que exudam dos ovários infectados.

Em condições de alta umidade, o fungo Cerebella volkensii cresce sob as gotas que se convertem em uma massa negra. Na condição ambiental de alta temperatura e de baixa umidade, ocorre o ressecamento dessa exudação que se transforma em uma crosta esbranquiçada. No interior das glumas, a estrutura do fungo (estroma) pode se transformar em esclerócio.

Em resumo:

  • Condições ambientais ideais (florescimento)
  • Temperatura abaixo de 16˚C
  • Severidade maior quando a UR do ar é maior que 80%.
  • Características do fungo:
    • Infecção ocorre durante a fase da antese
    • Depois de 5 dias da polinização não ocorre mais a doença
    • Formação de solução açucarada
    • Associação do fungo cerebella volkensii à gota açucarda formando uma massa negra e amorfa.
  • Controle:
    • Híbridos com maior nota de pólen
    • época de plantio (evitar florescimento em épocas com temperaturas mais baixas)
    • Utilização de fungicida para proteção das flores (tebuconazole).

Fungicidas e doses para controle de doenças na cultura do sorgo

Princípio ativo Dose (P.C.)1 Doenças controladas
Tebuconazol* 1 L/ha Ergot, ferrugem, helmintosporiose
Epoxiconazol + Piraclostrobina* 0,75 L/ha Antracnose, helmintosporiose, ferrugem
Azoxistrobina + Ciproconazol* 0,3 L/ha Antracnose, helmintosporiose, ferrugem
Tebuconazol + Trifloxistrobina* 0,6 - 0,75 L/ha Antracnose, helmintosporiose, ferrugem
Propiconazol + Trifloxistrobina* 0,6 - 0,8 L/ha Antracnose, helmintosporiose, ferrugem
Carbendazim* 0,6 L/ha Antracnose
1 P.C. = Produto concentrado / *Adicionar óleo mineral 0,5% do volume de calda. Quadro 1. Fungicidas e doses para o manejo de doenças na cultura do sorgo. Fonte: Embrapa, 2014 1

O momento de aplicação vai depender da pressão da doença e do tipo. De maneira geral, a melhor fase para aplicação é o emborrachamento, mas depende do monitoramento.

Referências

COTA, Luciano Viana; COSTA, Rodrigo Véras da; CASELA, Carlos Roberto. Cultivo do Sorgo. Embrapa Milho e Sorgo. Sistemas de Produção, 2. ISSN 1679-012X Versão Eletrônica - 6ª edição, Set./2010. Disponível em: https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/82182/1/doencas.pdf

por Fabrício Ferreira Viana
Engenheiro Agrônomo pela Universidade Federal de Viçosa. Possui experiência em desenvolvimento de produtos e em coordenação de equipes de agronomia. Desde 2004 trabalha em grandes empresas do setor agrícola. Atualmente é agrônomo de produtona Corteva Agriscience, Divisão Agrícola da DowDuPont, onde desenvolve atividades voltadas para o desenvolvimento de novos produtos de milho, soja e sorgo.
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  • Comentários (1)

Kesley Pereira Camargo

15/5/2020 20:09:14
Plantei o sorgo bolivariano gigante e já está com 105 dias e apareceu essa doença ergot. Estou querendo colher pra fazer a silagem. O que devo fazer pra não prejudicar o silo?
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