Não é de hoje que o aquecimento global é uma das principais
preocupações em relação ao meio ambiente no que diz respeito aos impactos que
ele causa na agricultura. Entre os principais perigos está o aparecimento de
condições meteorológicas cada vez mais incertas e extremas. As temperaturas
mais elevadas intensificam as secas, podendo levar a incêndios florestais, e
por outro lado, podem criar tempestades e chuvas mais intensas, com potencial
igualmente destrutivo trazendo perdas e custos para o produtor rural. Para
garantir a conservação da vida no planeta como é conhecida atualmente, é
necessário que mudanças de hábitos sejam efetuadas: reduções drásticas de
emissões de gases de efeito estufa, independente de qual seja sua origem.
O gerente de Desenvolvimento de Mercado Daniel Meyer,
da Associação Internacional de Soja Responsável (RTRS) ressalta as importâncias
dessa mudança de comportamento. “A agricultura sempre foi submetida aos perigos
climáticos, mas mesmo assim conseguiu evoluir. Reduzir a vulnerabilidade dos
nossos sistemas agroalimentares e reforçar a sua capacidade de adaptação será
uma tarefa essencial para qualquer política de desenvolvimento agrícola”.
O Brasil, segundo maior produtor de soja no mundo, tem 530
milhões de hectares cobertos por florestas e vegetação nativa. Aproximadamente
65% do território que amenizam, de maneira proporcional, o aquecimento global.
A RTRS já conta com cerca de 100 sojicultores (1.5 milhões de toneladas)
certificados no Brasil que garantem zero-desmatamento. Ainda mais, a
associação tem como um dos seus critérios de produção, a redução dos gases de
efeito estufa dentro da propriedade de forma progressiva que contribui assim
com a redução dos gases de efeito estufa no Brasil, que desde 2004 tem
diminuído, principalmente pela diminuição do desmatamento na Amazônia, evitando
a emissão de mais de 3 Gt de CO2 para a atmosfera.
“Promovendo a sustentabilidade de forma integrada e tendo
como foco reforçar a capacidade, produtividade e renda, nós andamos
lado a lado com os produtores rurais. Um ganho não apenas para o mercado,
mas para toda a humanidade e o planeta. A RTRS é mais que um padrão. Somos
uma associação internacional com a missão de promover, produzir e comercializar
a soja de forma sustentável dentro da cadeia de custódia. Uma plataforma
transversal, com quase 200 membros, muitos deles com projetos exclusivos, que buscam
desenvolver estratégias e soluções para mitigar o aquecimento global dentro da
cadeia de abastecimento da soja. Acreditamos que todos devem ser parte da
solução” , finaliza Meyer.
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