Os piscicultores e pescadores artesanais do Rio Grande do
Sul se preparam para a Semana Santa, otimistas com o incremento das vendas de
pescado nesta época do ano. Para os próximos dias, as expectativas são
positivas e ultrapassam as 3.200 toneladas de peixes comercializados em 2015.
Para este ano, estão programadas 395 feiras, totalizando 1.018 dias de feira.
Além disso, as vendas acontecerão nas propriedades, nos pesque-pague,
residências, beira da praia e de rios e os ambulantes, entre outros. Na Semana
Santa deste ano, o Estado terá 6.139 locais de comercialização de peixes.
De acordo com o Informativo Conjuntural, elaborado pela Emater/RS-Ascar, com a
proximidade da Semana Santa, aumenta a oferta de peixes em todas as regiões,
sendo as carpas, tilápias, jundiás e traíras as principais espécies ofertadas,
evisceradas ou em filé. Na região de Santa Rosa, está em andamento a despesca
para a Semana Santa. Naquela região, continuam surgindo registros de
mortalidade de peixes, em função de baixos níveis de oxigenação da água.
Técnicos da Emater/RS-Ascar têm orientado os produtores a aumentarem a
renovação de água e, se possível, instalar moto-bombas para adução de água e
incorporação de oxigênio nos açudes. Na região de Porto Alegre, verifica-se uma
estabilidade da área de criação de peixes e uma produtividade média de 2.300
kg/ha.
Grãos
O clima dos últimos períodos têm beneficiado as lavouras de soja, que começam a
entrar na fase de maturação mais acelerada, fazendo com que a colheita atinja
10% da área. As lavouras já colhidas seguem apresentando produtividades acima
da média esperada para a cultura em muitas regiões, que é de 2.938 kg/ha, ou
seja, 48,9 sacas por hectare. A produção de soja pode chegar a 16 milhões de
toneladas.
No milho, o período seco favoreceu a colheita das lavouras implantadas no cedo
e no período médio, fazendo com que a colheita alcance 60% da área. Devido às
altas temperaturas, radiação solar abundante e chuvas regulares, as lavouras
semeadas mais tardiamente apresentam bom desenvolvimento e ótimo potencial
produtivo.
O feijão primeira safra se encaminha para o encerramento da colheita,
alcançando os 95% da área cultivada. As lavouras que restam se encontram na
região dos Campos de Cima da Serra, onde cerca de 30% da área está em
enchimento de grãos e 70%, em final de maturação. A expectativa de rendimento
nesta região é muito boa, com produtividades que devem girar em torno dos 2.400
kg/ha nas áreas cultivadas dos três municípios com áreas mais expressivas, que
são Muitos Capões, Vacaria e Esmeralda. Já a segunda safra segue em plantio,
atingindo 75% de área semeada, com bom desenvolvimento e potencial produtivo
promissor.
No arroz, a colheita atinge 18% da área plantada no Estado, sendo a maioria das
lavouras se encontra em floração e maturação dos grãos, mantendo expectativas
positivas quanto à futura produção.
Pastagens e Criações
Como nas últimas semanas, as chuvas aliadas à alta insolação e altas
temperaturas proporcionam boa disponibilidade forrageira das pastagens anuais e
perenes cultivadas, bem como no campo nativo, mantendo a produtividade. Na
atividade leiteira, as pastagens perenes garantem volumoso em quantidade e
qualidade para o rebanho. Pastagens anuais, como sorgos e algumas variedades de
capim sudão, também oferecem boa oferta de forragem. As pastagens anuais de
verão, como sorgo e especialmente o milheto, se aproximam do final do ciclo. A
época é ideal para o diferimento no campo nativo, visando melhorar o banco de
sementes para os próximos anos.
Em várias regiões, os produtores estão planejando a implantação das pastagens
cultivadas de inverno, adquirindo insumos e sementes, principalmente de aveia,
azevém, trevo e cornichão, e realizando preparo de solo nas áreas destas
pastagens. Os produtores também se dizem preocupados com os altos valores
praticados para as sementes de azevém, tanto variedade crioula como melhorada,
e de aveias, principalmente a preta. Também relatam a dificuldade em encontrar
semente de trigo duplo-propósito. As lavouras de safrinha para silagem estão em
desenvolvimento vegetativo.