Para o Ministério do Trabalho e Previdência Social, Mato
Grosso foi o terceiro maior gerador de empregos no mês de fevereiro ao gerar
3.683 novas vagas com carteiras assinadas, atrás apenas do Rio Grande do Sul
com 6.070 e de Santa Catarina, com outras 4.793 novas frentes de trabalho no
período. No entanto, na série histórica local, os dados contabilizados até
fevereiro mostram uma outra realidade, a de perda no nível de empregabilidade.
Somente na comparação anual, a queda na oferta foi de 29%.
Na série histórica para o mês de fevereiro, o ano de 2016 registrou o pior
desempenho desde 2003 e passou longe do recorde observado em fevereiro de 2011,
quando a geração de novos postos somou 10.558 vagas em Mato Grosso. Em
fevereiro do ano passado, as novas vagas chegaram 5.159, o que significa queda
de 29% na comparação anual.
Na comparação bimestral, janeiro e fevereiro juntos somam 11.052 novas vagas,
resultado a frente apenas do contabilizado no primeiro bimestre de 2009, cuja
geração foi de 8.702 vagas, o que torna o resultado consolidado até o momento
como o pior dos últimos sete anos no Estado para o período. E o destaque na
empregabilidade é a atividade agropecuária, tanto na avaliação individual de
fevereiro como para o resultado do bimestre.
Conforme dados divulgados nessa semana pelo Ministério, por meio do
Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o campo foi o segmento
que mais gerou oportunidades de emprego nos primeiros meses deste ano. Somente
em fevereiro, do saldo positivo de 3.685, 2.842 postos foram ofertados pela
atividade e o restante completado pelo setor de serviços (+847 postos).
A importância da agropecuária pode ser vista na relação dos municípios que mais
empregaram em fevereiro, conforme os dados do Caged. Os cinco maiores geradores
de novas vagas foram justamente àqueles com a economia totalmente voltada ao
agronegócio: Sorriso, Primavera do Leste, Tangará da Serra, Nova Mutum e Lucas
do Rio Verde. Todos eles se encontram no auge da atividade agrícola com
colheita de soja e plantio de milho e algodão.
Centro-oeste
Apesar das perdas observadas, Mato Grosso foi ainda o maior
empregador do Centro-Oeste, já que no Distrito Federal o saldo foi de demissões
maiores que as contratações, em Goiás a geração de novas vagas somou 2.327 e no
Mato Grosso do Sul, 1.124 vagas.
A geração de vagas é o saldo entre o contingente de trabalhadores admitidos
contra os demitidos no período analisado. Em Mato Grosso, por exemplo, no mês
de fevereiro foram contratados com carteira assinada 33.106 trabalhadores e
dispensados 29.423. A diferença de 3.683 é o saldo de vagas criadas em
fevereiro. No bimestre a movimentação foi de 68.716 contratações para 57.664
demissões, o que gerou um saldo positivo de geração de novos postos de trabalho
de 11.052.
No país, o Caged aponta queda de 104.582 empregos com carteira assinada em
fevereiro. O saldo é resultado de 1.276.620 admissões e 1.381.202
desligamentos. Os dados equivalem a uma variação negativa de 0,26% no estoque
de empregos, comparada com o mês anterior. Com essa variação, o estoque em
fevereiro segue estável com 39.488.138 postos de trabalho.
Os destaques na geração de emprego em fevereiro foram as regiões Sul e
Centro-Oeste, com saldo positivo de 8.813 (+0,12) e 4.659 (+0,15),
respectivamente. No Sul, o desempenho favorável ocorreu no Ensino e Indústria
da Borracha e Fumo. O comportamento na região Centro-Oeste foi puxado pelo
aumento do emprego na Agropecuária. As regiões com desempenho negativo foram o
Nordeste (-58.349 postos ou -0,89%), Sudeste (-51.871 postos ou -0,25%) e o
Norte (-7.834 postos ou -0,43%).