A área plantada com soja em Mato Grosso deve
ficar praticamente estável na safra 2016/2017, mantendo-se em torno de
9,2 milhões de hectares. A informação é do superintendente do Instituto
Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Daniel Latorraca.
A
produção da oleaginosa no Estado deve aumentar para 29,4 milhões de
toneladas, apoiada principalmente em uma expectativa de recuperação da
produtividade nas lavouras. O rendimento no campo deve passar de 49,8
para 53 sacas por hectare em média. “Acreditamos em um clima melhor
neste ano”, disse Latorraca.
O
superintendente do Imea afirmou que os insumos para a próxima safra já
estão comprados, apesar do aperto no crédito. Daniel Latorraca avaliou
que operações de troca de produto por insumos, como o barter, voltaram a
ganhar força, embora tenha ponderado que o Instituto ainda está
avaliando o perfil do funding da safra mato-grossense.
Segundo
o superintendente do Imea, 25% da produção de soja da safra nova já
foram vendidos de forma antecipada. O plantio em Mato Grosso está
liberado a partir de 15 de setembro, quando termina o período do vazio
sanitário.
Oferta restrita
Em
função dos problemas climáticos que afetaram a produtividade da soja na
safra 2015/2016, a situação em Mato Grosso é de oferta restrita da
oleaginosa. O superintendente do Imea disse que a situação afetou mais o
mercado interno de soja no Estado.
Dados do próprio
instituto apontam para um volume de 8,69 milhões de toneladas de soja
processada pelas usinas mato-grossense na safra 2015/2016. O número
representa uma queda de 5,6% em relação ao ciclo anterior, quando a
estimativa era de 9,2 milhões de toneladas.
A
remessa de soja de Mato Grosso para abastecer o mercado interno de
outros estados deve ser 13,5% menor de uma safra para outra, passando de
4,8 milhões de toneladas para 4,15 milhões de toneladas.
Já as exportações do grão no estado devem aumentar 1,8%, passando de 14,51 milhões de toneladas para 14,77 milhões.
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