Pesquisadores do Cepea indicam que, nas lavouras de soja, as precipitações foram mal distribuídas na parte oeste da região Sul e também em Goiás, Bahia e Mato Grosso do Sul. Na primeira quinzena deste mês, produtores de Goiás, Minas Gerais e todo o Nordeste estavam preocupados com a baixa umidade, mas chuvas recentes aliviaram a situação em várias localidades. Em dezembro e também em janeiro, os casos de ferrugem asiática registrados pelo consórcio Antiferrugem têm aumentado.
Já no oeste do Paraná, agentes consultados pelo Cepea comentam que o clima está favorável e a colheita de soja foi iniciada. As chuvas da semana passada interromperam pontualmente as atividades, mas ainda assim são benéficas às lavouras em desenvolvimento. A quantidade de soja colhida até o momento ainda é insignificante perto do volume que o estado deve produzir, segundo dados do Deral/Seab. No geral, a produtividade está divergente entre as lavouras do Paraná.
Em Mato Grosso, produtores também já iniciaram a colheita e muitos esperam boa produtividade. Em Mato Grosso Sul, as colheitadeiras também estão no campo, mas a estiagem em dezembro pode resultar em menor produtividade, segundo levantamentos do Cepea. Em Goiás, estado que também foi castigado pela falta de chuva, a colheita teve início nos últimos dias, e já se fala em algumas perdas. Na Bahia, as atividades de campo devem começar em fevereiro, e sojicultores consultados pelo Cepea ainda não têm consenso sobre a produtividade. Já em São Paulo e em Minas Gerais, a colheita deve iniciar em fevereiro e a expectativa de agentes é positiva.
O último relatório do USDA apontou que a oferta brasileira de soja deve totalizar 89 milhões de toneladas em 2013/14, devido a ajustes na área cultivada, agora prevista em 29,5 milhões de hectares. O USDA estima que o Brasil processe 37,28 milhões de toneladas e que exporte 44 milhões de toneladas entre out/13 e set/14. Já segundo a Conab, a produção nacional deve ser ainda maior, em 90,3 milhões de toneladas, um recorde.