O grupo diretivo da Cotrijal concedeu entrevista coletiva no
final da tarde desta sexta, último dia da 17ª Expodireto, divulgando os números
oficiais da feira. O presidente da entidade, Nei César Mânica, ao lado do
vice-presidente, Enio Schroeder, e superintendentes, anunciou volume de
negócios de R$ 1.581.768.000 concretizados pelos expositores e anunciou que a
próxima feira vai ocorrer entre os dias 6 e 10 de março de 2017.
"Nós nos sentimos totalmente realizados com mais esta
edição da Expodireto, pois alcançamos os nossos objetivos de mostrar as marcas,
empresas, tecnologias e inovações e tivemos debates importantíssimos para o
agronegócio", expôs Nei César Mânica.
Do total de negócios, o montante de R$ 1.234.900.000 foi
fechado nas instituições bancárias, R$ 210,3 milhões nos bancos de fábrica, R$
87,252 milhões da comercialização com recursos próprios, R$3 9,360 milhões no
pavilhão internacional e R$ 956 mil da agricultura familiar. A queda nos
negócios foi de 28% com relação ao ano passado, cujo montante havia sido de R$
2.182.196.000,00. Mânica ponderou que a partir desta semana, muitas intenções
de negociação são assinaladas e acabam se concretizando.
Ele lembrou que o Brasil vive atualmente um dos momentos
mais críticos da história política. "A economia está sangrando, as
empresas estão tendo quedas em todos os setores, existe a realidade do
desemprego e falta de confiança. Mas nos períodos de crise temos também os
momentos de oportunidades e quem pôde fez bons negócios", pontuou.
O líder da cooperativa enfatizou ainda que a cada ano o
grupo trabalha para melhorar a estrutura do parque e a qualidade da feira.
"A cada 14 meses, o agronegócio tem 100% de renovação ou inovação dentro
do setor primário. Então, a Expodireto traz o que há de mais novo e moderno a
cada ano".
Mais de 200 mil pessoas
Nos cinco dias de feira, 210.800 pessoas passaram pela 17ª
Expodireto Cotrijal, sendo 23 mil no primeiro dia, 46,8 mil na terça-feira, 47
mil na quarta-feira, 65 mil na quinta-feira e 29 mil no último dia. Com relação
ao ano passado, ocorreu uma queda de 8%, diminuição que o presidente atribui ao
clima chuvoso que desencorajou alguns visitantes. "A chuva foi uma dádiva
para a agricultura, ainda mais em final de ciclo. Além disso, tivemos uma boa
qualidade de público, interessado em negócios", elucidou.
O número de expositores teve um ganho de 5%, subindo de 530
em 2015 para 554 em 2016. O total de colaboradores próprios da Cotrijal e
terceirizados que trabalharam para realizar a feira foi de 914.
Público satisfeito
Uma pesquisa de satisfação realizada com o público da 17ª
Expodireto Cotrijal, promovida pela ULBRA, apontou que 96% das pessoas
entrevistadas consideraram a feira ótima, muito boa ou boa. Entre os pontos
positivos mais citados estão a organização, limpeza, maquinário, tecnologia,
agricultura familiar e atendimento.
Setor de máquinas faz balanço da participação na Expodireto
Em coletiva de imprensa na manhã de sexta-feira (11), o
presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas –
CSMIA/Abimaq, Pedro Estevão Bastos, afirmou que a Expodireto Cotrijal é uma
feira de grandes oportunidades para o setor, pois proporciona bons negócios e
também um contato direto com os potenciais compradores. “E esse contato inicial
aqui proporciona uma relação permanente, que facilita o trabalho dos
fabricantes depois”, disse.
Ao apresentar os números levantados junto aos associados da
Abimaq na Expodireto, ele ressaltou serem semelhantes aos do segundo semestre
de 2015, indicando que o mercado parou de cair e se estabilizou. Em relação a
feira de 2015, os negócios reduziram 23% entre os associados da entidade. “O
agronegócio brasileiro é muito pujante. Se não fosse assim, os números seriam
piores. Nosso agricultor está bem, conseguindo manter a rentabilidade”, falou,
enfático Pedro Bastos.