Representantes do Movimento Pró-Logística da Associação dos
Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja-MT) percorreram,
entre os dias 21 e 25 de março, a BR-174 em Mato Grosso, para analisar a
infraestrutura da rodovia. A equipe, formada por entidades públicas e privadas
ligadas à agropecuária brasileira, cruzou 2.544 km, saindo de Cuiabá, passando
por Tangará da Serra, Campo Novo do Parecis, Brasnorte, Juína, Castanheira,
Juruena, Cotriguaçu, Colniza, Aripuanã, Vilhena, Comodoro, Pontes e Lacerda e
Cáceres. Durante o “Estradeiro”, foram avaliadas as situações das rodovias,
levando em consideração o pavimento, sinalização e geometria da via, bem como
as condições para o escoamento de produtos agropecuários como soja, milho,
madeira e cargas vivas.
Segundo a assessora técnica da Comissão de Logística e
Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA),
Elisangela Pereira Lopes, o objetivo do evento é elaborar um relatório com
indicações das ações necessárias para melhorar a infraestrutura da rodovia e
reduzir os custos do transporte. “Após a análise dos trechos, o relatório é
encaminhado ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT),
ao Ministério dos Transportes e à Secretaria de Estado de Infraestrutura e
Logística de Mato Grosso (SINFRA), para possíveis providências”.
Durante o trajeto, a equipe promoveu simpósios nos
municípios de Tangará da Serra, Brasnorte, Juína, Juruena, Aripuanã e Colniza
para apresentar a evolução da produção e exportação dos produtos agropecuários
no Mato Grosso em contraponto com a infraestrutura e logística existente na
região. De acordo com Elisangela, os produtores apontaram a necessidade, que na
grande maioria, são de pavimentação de trechos de acesso a BR-174. “As
condições das rodovias pavimentadas são boas. Entretanto, em alguns trechos, os
principais problemas são a presença de buracos ou ausência de sinalização e
acostamento”, afirmou a assessora.
Para a equipe do Movimento Pró-Logística, os trechos mais
críticos estão nos municípios de Juína a Colniza, em que a estrada não é
pavimentada. O primeiro “Estradeiro” da BR-174 foi realizado em 2013, e desde
então, foi possível notar os avanços. A manutenção das estradas, com cascalho,
tem permitido a boa fluidez para os caminhões que utilizam a via. Foi
constatado, que mesmo em período de chuvas, não há maiores dificuldades em
percorrer a estrada.
A assessora técnica da CNA explica que uma estrada não
pavimentada não é necessariamente uma via ruim ou de péssima qualidade, desde
que proporcione boas condições de tráfego. “Para tanto, é preciso realizar
serviços de manutenção que favoreçam boas condições de rolamento, superfície
resistente para suportar o trânsito de veículos de cargas e um sistema de
drenagem eficiente”.
Ainda este ano, estão previstos mais outros três “Estradeiros”,
nas BRs 364, 158 e 163. Dentre os participantes no evento da BR-174 estavam a
Aprosoja, CNA, DNIT, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(MAPA) e a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat).