Campinas, 05 de Agosto de 2016 - Em julho passado, o Índice FAO de Preço dos Alimentos (FFPI, na sigla em inglês) retrocedeu quase 1% e, perdendo 1,3 pontos, ficou em 161,9 pontos (2002/2004 = 100 pontos). Na média, os preços do mês também ficaram aquém daqueles registrados um ano atrás, recuando 1,4%.
Na contramão desses resultados, o Índice FAO para as carnes aumentou 2 pontos (ou 1,3%) atingindo a marca dos 159,9 pontos. E quem mais contribuiu para esse aumento foi a carne suína – embora as quatro carnes levantadas (bovina, suína, ovina e de frango) tenham obtido melhores preços
Conforme a FAO, a maior valorização da carne suína se deve a uma disponibilidade menor de animais para abate, os quais, por sua vez, têm registrado menor ganho de peso (é Verão no Hemisfério Norte). Já o aumento de preço das carnes bovina e ovina decorre de queda na oferta por parte de exportadores da Oceania.
Não há comentários específicos sobre a carne de frango, cujo preço aumentou pouco mais de meio por cento, contra incrementos de 1,05% e de 1,63% das carnes bovina e suína, respectivamente.
De toda forma, a FAO comenta que a demanda internacional permanece firme, estimulada sobretudo pela retomada de compras por parte da China e pelo aumento das importações de outros países da Ásia.
Os consumidores brasileiros relutarão em acreditar. Mas ainda de acordo com a FAO, o maior responsável pelo recuo do índice geral de preços em julho foi o item “cereais”. Que registrou queda de 5,6% no mês, recuando para 148,1 pontos. E – surpresa maior – o principal causador dessa redução foi o milho, cujos preços recuaram de forma acentuada no mercado internacional.
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